20 de mai. de 2010

Conflitos na Esplanada - Acampamento Indígena

Olá queridos, peço que se coloquem em oração conosco amenizando os conflitos na Esplanada. Nossa irmã Liana Utinguassú nos passou o seguinte:
 (Assistam o Vídeo)

Acabamos de receber mais UM Novo Apelo de nossos Parentes, do Parente Jairo Mozart (Guyrá Pirang) que agora mesmo nos disse que a situação na Esplanada é GRAVE DEMAIS! Tememos por uma Tragédia de proporções irremediáveis e Vidas em Grande Risco(Indígenas, Homens ,Mulheres, )Por favor, nos ajudem à repassar e pedir AUXÍLIO! Á RAU faremos o mesmo encaminhamento mostrando Vídeo de ontem que está abaixo.

Aguiyjevete

Liana Utinguassú


Urgente: Decisão do Coletivo do Acampamento Indígena

Cansado do silêncio da grande mídia sobre o movimento e da guerra suja promovida pelo governo federal, os 247 indígenas aqui hoje acampados decidiram que não vão mais esperar. Vão agir.

Ontem dois ônibus chegaram do Maranhão, daqui a alguns instantes chegam mais três ônibus, somando quase 500 indivíduos. Os indígenas não ficarão parados, vão agir. Daqui, da Esplanada dos Ministérios, sairá uma marcha cujo destino só será informado durante o trajeto.

Se a grande imprensa quer "notícias espetaculares", ela hoje terá. Peço que convoquem toda a imprensa para a segurança dos homens, mulheres e crianças que participam do protesto.

A concentração será entre 1 hora e 1 e meia na Esplanada, defronte ao Ministério da Justiça.

POR FAVOR, CONVOQUEM IMPRENSA!

Maiores informações com Carlos Pankararu (9256-4693/9626-5032),
Edinara Guajajara (98-8111-5140, 98-8111-5140) ou Júnior Xukuru (9247-9402).

Vídeo no Blog do Mércio Gomes: CLIQUE AQUI

6 de mai. de 2010

Usina Hidrelétrica de Belo Monte: Reação de índios e ribeirinhos à construção é imprevisível, diz dom Erwin Kräutler

O presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), dom Erwin Kräutler, afirmou ontem (1º) que é imprevisível a reação dos povos indígenas e das populações ribeirinhas contrárias ao projeto da Hidrelétrica de Belo Monte, se a usina for realmente construída no Rio Xingu, no Pará. “Esse povo vai chorar, vai gritar, vai se levantar”, disse o bispo, durante debate sobre a construção da usina.
De acordo com dom Erwin, que também é bispo de Xingu, não se descarta a possibilidade de os índios e os ribeirinhos recorrerem à violência para protestar contra a remoção da área, por causa do alagamento de suas casas. “Eu peço a Deus que [a violencia] não aconteça”, afirmou o religioso.
A Usina de Belo Monte, no Rio Xingu, é um dos principais projetos previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal.
Dom Erwin disse que, para os índios, sair da região teria um impacto ainda maior do que para os ribeirinhos, devido à relação cultural que eles têm com a terra. “Transferência de povos indígenas é horrível”, afirmou. “Arranca-se um povo de um lugar que habitaram por milhares de anos. Não é possível, eles não têm o direito de fazer isso”, completou.
Para o bispo, a construção da hidrelétrica é mais uma forma de explorar as riquezas do estado sem foco no desenvolvimento local, como ocorre com a mineração, a extração de madeira e a criação de gado. “O que a família paraense normal está ganhando com aquilo tudo, neste momento, neste segundo? Não sei quantos comboios de minério [seguem] para o Porto de São Luís, no Maranhão, levando minério pelo mundo afora. E nós com uma mão na frente e outra atrás”, reclamou.
O bispo duvida, inclusive, dos postos de trabalho que, segundo os defensores do projeto, serão criados com a instalação do empreendimento. “Esse negócio de empregos diretos e indiretos, isso para mim é falácia, eu não acredito”, ressaltou. “Está claro que, hoje em dia, uma construção dessas não vai dar tanto emprego porque tudo é feito por máquinas.”
Ele criticou também a maneira como alguns agentes do governo apresentam o empreendimento aos indígenas. “Esse povo que está no alto escalão não tem didática para trabalhar com os povos indígenas. Eles pensam que podem falar como se estivesse em uma faculdade de engenharia.” Essa falta de tato foi, segundo dom Erwin, um dos motivos pelos quais um engenheiro da Eletrobrás foi agredido com um facão em uma audiência com diversas etnias sobre a usina, em maio de 2008.
O bispo citou ainda a expressão “forças demoníacas”, segundo ele, usada em setembro pelo Minas e Energia, Edison Lobão, para se referir aos que são contra o projeto da usina. Para dom Erwin, trata-se de uma fala racista.
Por ser de interesse das grandes empreiteiras, que fariam a obra, e das mineradoras, que usariam a energia, diz o bispo, tenta-se construir a usina a qualquer custo, apesar de existirem outras opções. “O sujeito histórico é o projeto. Onde esse sujeito histórico tem que ser realizado, aparece um povo indígena. É preciso uma solução para esse povo, mas não se questiona o projeto. Aí é que está o erro de lógica.” Como opções, ele apontou o uso das energias eólica e solar e a modernização de hidrelétricas mais antigas para que produzam mais.

Reportagem de Daniel Mello, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 02/02/2010

Pajé Sapaim Kamayurá e Pajé Darshan Jhankri no CICC PAZ

A Floresta entrou no CICC PAZ...
 
Dia 04 de maio de 2010 recebemos a visita do Pajé Sapaim (Xingu) e do Pajé Darshan (Acre) no CICC PAZ em Esteio. Os Pajés nos contaram um pouco das suas culturas... 
Pajé Sapaim realizou uma Roda de Cura tocando sua flauta e o Pajé Darshan nos agraciou com seu canto e seu violão.

Amigos queridos estavam presentes...